Paz do Senhor querido Leitor!
Tal como na primeira epístola, o apóstolo não aborda
diretamente o erro, ele gradualmente prepara o coração dos santos e em todas as
coisas, de se agarrar à verdade e excluir o erro quando relatou. Este é o modus
operandi de graça e sabedoria divina; o coração é trazido para a justiça; mero
erro está em causa.
Importantes verdades discutidas nesta breve carta é
tempo doutrinal e prático. Paulo dá explicações adicionais e corrige a
perspectiva dos tessalonicenses sobre a Segunda Vinda e da revelação do homem
do pecado. Ele também dá bons conselhos sobre aqueles que usam
a Segunda Vinda como uma desculpa para não trabalhar,
ele não pode comer!
I.
COMO SE PORTAR DIANTE DAS TRIBULAÇÕES
?
1.
Com uma fé amadurecida. Vamos ver o que diz 1 Co 13.11,
Assim como na vida em que nós
crescemos e adquirimos maiores responsabilidades e ficamos mais experientes a
cada situação que passamos, o mesmo acontece com a nossa fé. São nas lutas,
tribulações e dificuldades que teremos a nossa fé cada vez mais madura,
constante e firme no Senhor.
A maturidade cristã está associada
à ideia de crescimento espiritual, ou crescimento nas coisas da fé, à fome de
Deus, ao desejo de desfrutar de mais comunhão com Deus. Está ligada a andar no
Espírito, a viver no Espírito, a cogitar das coisas do Espírito, a adorar em
Espírito e em verdade, a produzir o fruto do Espírito, está ligada ao desejo de
crescimento e desenvolvimento tanto no conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo como na obediência.
Uma Fé amadurecida é resultado de uma vida obediente à
vontade de Deus e não à nossa vontade. Paulo que vivia uma vida para Cristo já
nos ensinou na carta aos Romanos: 5.3-5
. Com um amor que se multiplica.
Um dos
erros mais comuns, mas ao mesmo tempo mais perigosos que cometemos em tempos
difíceis, é permitir que o ódio ganhe espaço em nosso ser. Os sentimentos de
injustiça, desrespeito e medo que se levantam contra nós, não podem ser
alimentados, senão, enraízam em nossos corações impedindo-nos de compreender
com clareza a vontade de Deus (Hb 12.15).
Lembremo-nos: nossos inimigos não
são terrenos ou humanos, mas espirituais e diabólicos (Ef 6.12). Ao contrário
disso, diante da crise, o amor entre os tessalonicenses se multiplicou, e não
apenas, como alguém poderia pensar, de maneira egoísta, internamente, mas
também para com a comunidade que estava à volta deles. Por meio do amor aquela comunidade
se fortalecia e conseguia superar suas limitações e oposições. Não se vence o
mal com mal, mas por meio do bem, do amor, da justiça e da misericórdia.
Encher os tessalonicenses
de esperança e consolo.
“O longânimo é grande em
entendimento, mas o que é de espírito impaciente mostra a sua loucura.
Provérbios 14:29”
Ser impaciente ou precipitado não é
um problema de agora ou um mal do nosso século. No versículo acima, Salomão já
nos alertava sobre esse tipo de atitude.
Precipitar significa jogar(-se) de
cima para baixo; despenhar(-se), lançar(-se). No nosso âmbito espiritual
podemos dizer que uma pessoa impaciente, precipitada é aquela que toma atitudes
sem pensar trazendo sérios prejuízos a sua realidade.
Mesmo na perseguição aquela igreja
se manteve firme e integra nos seus preceitos e doutrinas antes aprendido.
Quando Jesus nos disse que nos daria uma paz que o mundo não dá, é porque o
sentimento da paz de Cristo é eterno e não passageira como a que o mundo dá.
Essa paz de Cristo não é uma paz que nos ausenta das lutas e dificuldades, mas
é uma paz que nos vai deixar tranquilo em meio as adversidades, sabendo que
sairemos vitoriosos de todas elas. Aqui, paciência significa firmeza e
perseverança.
I.
O QUE ESPERAR EM TEMPOS DE
TRIBULAÇÃO?
1. Que a tribulação converta-se
em instrumento de testemunho de nossa fé.
Assim como falamos no tópico
anterior, é através da tribulação que a nossa fé é provada e aumentada.
Mas em todas estas coisas somos
mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Romanos 8:37
A Palavra de Deus diz que todo o
que é nascido de Deus vence o mundo, e essa é a vitória que vence o mundo a
nossa fé (1 Jo 5.4). O cristão que nasce de Deus acredita naquilo que a Palavra
de Deus está falando por isso ele vence o mundo, pois sabemos que o mundo jaz
no maligno.
Ser mais que vencedor significa
que, quando uma provação vem, você já sabe que a sua vitória está garantida.
Cristo venceu tudo na cruz em seu lugar e agora você não tem que se preocupar
ou ficar com medo; Ele está do seu lado.
Deus é o nosso fiel guarda e a
Bíblia diz que não dormita nem dorme Aquele que nos guarda. Acreditando que a
Palavra diz exatamente aquilo que Deus quer para nós, seremos sempre mais do
que vencedores.
2.
Que a devida justiça seja exercida sobre os
perseguidores.
Em um contexto ostensivo e de ferrenha oposição, devemos ter a certeza de que o Senhor está ao lado do justo, e que por isso o ímpio jamais prosperará (2 Ts 1.6,8,9). O aparente bem-estar do injusto não deve angustiar nossos corações, pois a estabilidade de tal felicidade é frágil e de rápida desestruturação. A alegria e descanso que o Pai tem programado para nós, todavia, são eternos, estáveis e abençoadores. Não nos cabe a execução de nenhum juízo, e sim a prática cotidiana da justiça.
A ação
de julgar é exclusiva do Pai (Hb 10.30), quanto a nós, basta-nos acreditar que
nenhum culpado será tomado como inocente, e nenhum puro será condenado pelo
Senhor como perverso (Na 1.3). No dia do juízo, justos e ímpios, serão
separados pelo Senhor, os primeiros para descanso eterno, já esses últimos,
infelizmente para desprezo e castigo eternos (Mt 25.33-45).
3.
Que o dia do descanso virá.
Assim como Deus deu o castigo para os inimigos
do Seu povo, Ele o recompensará com descanso para aqueles que sofrem por causa
dele.
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis
que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis
uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Apocalipse 2:10
Se pegarmos a carta à igreja de Esmirna
veremos que as instruções são que eles passariam por várias tribulações e que
elas iriam aumentar (vários seriam lançados na prisão). Mas duas coisas eles
tinham que ter em mente: Seus sofrimentos chegariam ao fim e o mais importante:
a morte física não poderia roubar-lhes a vida que haviam recebido de Cristo.
Após a morte, “a coroa da vida” estaria a
esperá-los. Esta seria a coroa do vencedor. A palavra “coroa”, no versículo
dez, não se refere à coroa de rei, mas à de louros destinada ao vitorioso, ou
vencedor, num a corrida ou com petição atlética. Assim, mesmo o que o cristão
morra, é um vencedor.
Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes
em várias tentações;
Sabendo que a prova da vossa fé opera a
paciência. Tiago 1:2,3
III.
A ORAÇÃO DE PAULO PELOS
TESSALONICENSES
1. Tenham sua vocação confirmada.
Ninguém disse que ser cristão era fácil, pelo
contrário, Jesus disse que a porta e o caminho são estreitos. Como já estudamos
aqui, após a pessoa aceitar Jesus, ele é justificado pela fé, ou seja, seus
pecados são perdoados pelo sangue de Cristo que foi derramado na cruz.
Após a justificação, vem a fase da
santificação. Em Hebreus o escritor nos declara que sem santificação, ninguém
verá o Senhor. Sabedores disso, devemos guardar os nossos pés sempre nos
caminhos que a palavra de Deus nos dirige.
Quanto aos irmãos em Tessalônica, Paulo então
orava para que Deus os sustentasse em suas lutas e os fizesse dignos da vocação
a que foram chamados e, com poder, cumprisse todo bom propósito e toda obra que
procede da fé.
2. Vivam a vontade de Deus.
Para que, no tempo que vos resta na
carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a
vontade de Deus.1 Pedro 4:2
Nossa vida,
para que estejamos vivendo segundo a vontade de Deus, deve ser norteada pelos
valores do Seu reino, isto significa buscar o reino em primeiro lugar. Não
andaremos na vaidade de nosso pensamento, não seremos egoístas, não pensaremos
somente em nós e nas nossas necessidades; mas nos voltaremos para os outros e
revelaremos em nossas atitudes as virtudes de Deus.
Viver
segundo a vontade de Deus é compreendermos estas coisas simples. Significa
abandonarmos os valores deste mundo, o pensamento egoísta e buscarmos a
santificação do nosso ser para que andemos segundo os critérios do reino,
segundo o caráter de Deus, sendo Seus imitadores.
Quando a
vontade de Deus parece estar em acordo com a nossa vontade, isso é bom e
agradável de viver, mas quando em muitos momentos a vontade de Deus nos
incomoda, acabamos que tomando decisões erradas que só nos prejudicarão.
Nem sempre a
vontade de Deus será aquilo que a nossa vontade deseja. Nesse ponto muitos
desistem de seguir a Deus, abandonam a fé, se desviam, amaldiçoam a Deus. O que
fazer então? Os exemplos de Jesus e Paulo nos mostram tanto o problema quanto a
solução a essas questões. A vontade de Deus sempre deve prevalecer sobre a
nossa vontade; e isso de forma consciente, reverente, alegre.
Devemos ser
submissos à vontade do Pai quando ela é contrária à nossa vontade. Podemos sim
orar como Jesus fez, mas devemos nutrir em nosso coração o sentimento de
renúncia em prol da obediência aos desígnios de Deus. Isso não é ser resignado,
mas ser submisso e cooperador dos propósitos de Deus.
3.
Glorificam ao Senhor com suas vidas.
“Glorificar”
a Deus significa dar-lhe glória. A palavra glória, como relacionada a Deus no
Antigo Testamento, traz consigo a ideia de grandeza de esplendor. No Novo
Testamento, a palavra traduzida “glória” significa “dignidade, honra, louvor e
adoração”. Juntando as duas, aprendemos que glorificar a Deus significa
reconhecer a Sua grandeza e dar-lhe honra ao louvar e adorá-lo, principalmente
porque Ele e Ele somente merece ser louvado, honrado e adorado.
Glorificar a
Deus começa com concordar com tudo o que Ele diz, especialmente sobre Si mesmo.
A Palavra de Deus, a Bíblia, é a Sua Palavra para nós, tudo de que precisamos
para a vida nEle. Ouvir e concordar com Ele, porém, não lhe glorificará a menos
que nos submetamos a Ele e obedeçamos aos mandamentos contidos em Sua Palavra.
Glorificar a
Deus é exaltar os Seus atributos: alguns dos quais são a Sua santidade,
fidelidade, misericórdia, graça, amor, majestade, soberania, poder e
onisciência, repetindo-os continuamente em nossas mentes e contando aos outros
sobre a natureza singular da salvação que Ele oferece.
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